O técnico Tite ainda vem testando diversas formações táticas para o
Corinthians nesta temporada. Especialmente no setor ofensivo, a
concorrência é grande. Alexandre Pato,
Paolo Guerrero, Emerson Sheik, Romarinho... As opções do treinador são
muitas. O fato de nem mesmo Pato, contratado do Milan por R$ 40 milhões
no início desta temporada, ter lugar cativo na equipe tornou-se exemplo
para os outros jogadores.
Na vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta, no último sábado, o camisa 7
foi testado ao lado de Paolo Guerrero, assim como já havia acontecido na
primeira fase da Taça Libertadores da América. Porém, a trajetória no
banco de reservas havia sido longa: no esquema com Danilo como armador,
Romarinho e Sheik vinham jogando abertos pelas pontas, com Guerrero na
função de pivô dentro da área.
A filosofia de que “joga quem está melhor” aplicada por Tite desde a
chegada ao Corinthians tem total aprovação dos atletas. Levando em
contas perdas por lesões ou suspensões, o técnico vem dando rodagem à
maioria do elenco. Independentemente de fama, salário ou tempo de casa
no Timão, ninguém conta com o privilégio de se sentir titular em caráter
permanente: o que conta é o momento.
– O Tite procura ser honesto, correto e coerente. Aqui ninguém tem
cadeira cativa. Como todos os outros, eu achei que o Pato iria jogar,
por exemplo. Sabemos que nossa equipe é muito nivelada. Isso só nos
fortalece – resumiu o volante Ralf.
Em três rodadas disputadas no Campeonato Brasileiro, Tite ainda não
repetiu a formação do Corinthians. Paulinho, utilizado na primeira
rodada, foi para a seleção brasileira. Guerrero partiu para compromissos
com o Peru. Paulo André, que havia se machucado, voltou. Chicão, por
outro lado, está novamente lesionado. O mesmo caso para Alessandro, que
deu espaço para Edenílson e já está à disposição. As opções são
diversas.
Na próxima quarta-feira, o Timão, quinto colocado da competição
nacional, com cinco pontos, enfrenta o Cruzeiro na Arena do Jacaré, às
22h (horário de Brasília). Será o penúltimo jogo da equipe antes da
pausa para a Copa das Confederações. O alto nível do torneio é
justamente um dos trunfos para que Tite busque e encontre a formação
ideal com o passar das rodadas.
– Hoje em dia o Brasileirão é muito nivelado. Não tem equipe besta.
Querendo ou não, o Tite ainda está encontrando a melhor formação para o
nosso time. Temos lesões, desgaste do Paulistão, Libertadores... Aos
poucos vamos gerando moral e confiança – completou Ralf.
Globoesporte